O preço da soja na Bolsa de Cereais de Chicago registrou ontem, terça-feira (26.12), alta de 9,75 centavos de dólar no contrato de Janeiro/18 (o mais negociado no momento), fechando em US$ 9,5925 por bushel. Os demais vencimentos em destaque da commodity na CBOT também fecharam a sessão com valorizações entre 9,75 e 10,25 pontos.
O mercado norte-americano da soja abriu a semana retomando ganhos nos principais contratos dos futuros, após os sinais de estabilização na última sexta-feira (22.12). De acordo com a T&F Consultoria Agroeconômica, vários fatores contribuíram para este ajuste, em dia de pouco movimento no pregão: “tecnicamente, os Fundos vinham construindo uma grande posição baixista, o que sempre dá ensejo a tomadas de lucro e correções técnicas. Em segundo lugar, os mapas climatológicos para os próximos duas semanas reduziram parte das chuvas previstas para a América do Sul.”.
Na avaliação da Consultoria AgResource, a CBOT reaqueceu depois do feriado, ainda com volume de operações modesto, porém acima da média dos últimos 10 dias: “A recente proposta de renovação tributária também para o mercado doméstico de biocombustíveis colocou sustento nos preços do óleo da soja, que acabam influenciando as cotações do grão”.
“Além do mais, os mapas climáticos que adentram um maior período em janeiro, agora traz uma retração das chuvas para a Argentina e o Sul do Brasil. O La Niña, que é previsto para se intensificar nos primeiros 40 dias de 2018, parece afetar com maior expressividade as chuvas oferecidas para a América do Sul”, apontam os analistas da ARC.
Segundo eles, mesmo com uma porção de prêmio climático adicionado na sessão de hoje, ainda é cedo para qualquer conclusão definitiva: “Se caso os mapas dos próximos dias continuem reafirmando um padrão mais seco para a Argentina e o Sul do Brasil em meados de janeiro, a especulação deverá voltar com muito mais volume no Mercado. Os fundos especulativos agora empilham posições vendidas na soja”.
Por: Leonardo Gottems
Fonte: Agrolink
